Equidade, igualdade, respeito pela diversidade, acesso à proteção social e aplicação dos Direitos Humanos em todos os domínios da atividade humana são os valores que estão na base do conceito de justiça social. Mais do que um imperativo ético, a justiça social constitui-se como uma trave-mestra para a sustentabilidade, estabilidade e prosperidade globais.
Segundo o Centro de Estudos da Universidade de Coimbra, este conceito emergiu como uma forma de responsabilizar o Estado na correção das desigualdades que surgiam na esfera do trabalho/emprego e do mercado/economia. Contudo, rapidamente se alargou para outros mecanismos produtores de discriminação.
A justiça social baseia-se, então, no compromisso público com os princípios da igualdade, distribuição, redistribuição e respeito pela diversidade. Numa sociedade onde haja justiça social, os direitos humanos encontram-se assegurados e as classes sociais mais desfavorecidas contam com oportunidades de desenvolvimento.
A igualdade nas oportunidades, a solidariedade e o respeito pelos Direitos Humanos, sociais e políticos são essenciais para despertar todo o potencial produtivo a nível nacional e global. Um clima de estabilidade económica e de prosperidade social não é possível sem um combate feroz às desigualdades e sem uma promoção eficaz da justiça social.
A importância da justiça social
A justiça social é, ainda, muito importante para o desenvolvimento sustentável, porque desempenha um papel essencial na redução da pobreza, da desigualdade e da exclusão social. É, assim, indispensável para criar uma sociedade inclusiva e sustentável.
Como parte integrante do desenvolvimento sustentável, a justiça social está, necessariamente, subentendida na realização de objetivos como:
- A erradicação da pobreza: a justiça social é essencial para reduzir a pobreza e assegurar que todos tenham acesso às necessidades básicas da vida, tais como alimentação, abrigo e cuidados de saúde.
- Promover o crescimento económico: quando todos têm igual acesso à educação, cuidados de saúde e emprego, aumenta, naturalmente, a contribuição das pessoas para o crescimento económico sustentável.
- Saúde de Qualidade: Se o acesso a cuidados de saúde for igual para todos, a comunidade viverá mais feliz e será mais produtiva.
A ONU sempre considerou o desenvolvimento social e a justiça social indispensáveis para alcançar e manter a paz e a segurança dentro e entre nações. Em 2007, foi estabelecido o dia 20 de fevereiro como Dia Mundial da Justiça Social, uma efeméride implementada através da Resolução 62/10 da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Como promover a justiça social?
Os seus hábitos também podem fazer a diferença na promoção de uma comunidade mais justa. Deixamos-lhe algumas atitudes que podem ajudar:
- Alerte e participe na sensibilização para a cidadania global, aborde temas como a igualdade, a promoção da paz ou, por exemplo, o consumo responsável.
- Promova a solidariedade: conheça e espalhe a palavra sobre a importância de doar.
- Organize debates familiares sobre o tema, aposte na educação para a cidadania junto dos mais pequenos.
- Incentive decisores e instituições a criarem estruturas de suporte social, sobretudo face a casos de pobreza e discriminação.
- Apoie empresas com oportunidades de emprego dignas e acessíveis a todas as pessoas.
Tome Nota!
A justiça social é importante para o desenvolvimento sustentável, porque desempenha um papel crítico na redução da pobreza, da desigualdade e da exclusão social. É essencial para criar uma sociedade que seja inclusiva, equitativa e sustentável, onde todos tenham acesso às necessidades humanas básicas, tais como alimentação, abrigo, educação, saúde e emprego. Conheça algumas das iniciativas e boas práticas da Missão Continente.