Preservar o habitat das futuras gerações e torná-los sustentáveis são os principais objetivos do Dia Mundial do Habitat, que se comemora anualmente na primeira segunda-feira de outubro. Instituída em 1985, na Assembleia Geral da ONU, através da resolução 40/202, esta efeméride visa fomentar a reflexão em torno do estado das populações, das cidades e dos espaços públicos, de forma a garantir os direitos básicos de uma vivência adequada a toda a Humanidade.
“Reduzir desigualdades sem deixar ninguém ou nenhum lugar para trás” é o tema para este ano. Com o desenvolvimento sustentável como foco do debate e da ação, a ONU alerta para que, dentro de uma geração, dois terços da população mundial serão urbanos, o que resulta num dos mais prementes desafios do século, na medida em que o desenvolvimento urbano tem implicações no ambiente/clima e nos próprios habitats naturais.
O que é um habitat?
Dá-se o nome de habitat ao ambiente ou conjunto de condições e circunstâncias físicas e geográficas onde vive e se desenvolve qualquer ser vivo. Seja natural ou artificial/social – mais urbano ou rural –, o habitat é uma casa e, como todas as habitações, precisa de ser estimada e cuidada para que os seus habitantes possam viver de forma saudável e feliz.
No caso dos habitats naturais – moradas de milhares de espécies – a situação que se vive hoje em dia é preocupante. O mundo enfrenta, atualmente, a maior crise ambiental/climática de sempre e ameaças nunca antes sentidas constituem um risco real à biodiversidade, aos ecossistemas e à saúde humana. Se há lição que podemos retirar da pandemia de covid-19 é a de quão perigosas podem ser estas consequências, na medida em que, ao reduzir a área do habitat natural das mais variadas fauna e flora, criam-se as condições ideais para que patógenos, como os coronavírus, se espalhem. Além disso, importa ter bem presente que a redução das espécies, por mãos humanas, tem impacto ao nível económico, ambiental e social.
A importância da gestão sustentável dos habitats
A preservação e a gestão sustentável da biodiversidade e dos habitats naturais são necessárias para mitigar as perturbações climáticas, garantir a segurança alimentar e de água e prevenir futuras pandemias.
A este propósito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que “danificar o mundo natural é ameaçar a nossa própria existência”, sublinhando que todos temos a “obrigação moral de preservar a Terra e os habitats naturais, de onde são extraídos os produtos essenciais para a sobrevivência humana”.
De acordo com o responsável máximo das Nações Unidas, “estamos rapidamente a aproximarmo-nos de um ponto sem retorno para o planeta”, na medida em que vivemos uma “tripla emergência ambiental”:
- A perda de biodiversidade.
- A disrupção climática.
- A poluição crescente.
A cada três segundos, o mundo perde uma área de floresta equivalente a um campo de futebol. No último século, foram destruídas metade de todas as áreas húmidas do planeta. Além disso, quase 50% dos recifes de coral foram irremediavelmente destruídos e até 90% podem ser perdidos até 2050, ainda que o aumento do aquecimento global seja limitado a 1,5° C. A degradação da natureza já está a comprometer o bem-estar de 3,2 mil milhões de pessoas, isto é, aproximadamente 40% da Humanidade.
Com base em dados de evidência científica, Guterres afirma que “os próximos 10 anos constituem a última oportunidade para evitar a catástrofe climática, inverter a maré mortífera da poluição e de perda de espécies” – uma tarefa que classifica como “colossal”. Neste sentido, será mandatório um movimento global que una governos, empresas, sociedade civil e cidadãos “num esforço sem precedentes para curar a Terra”. Há pequenas ações e gestos simples que todos podemos fazer, tais como:
- Plantar árvores.
- Combater a desertificação.
- Proteger as florestas e matas de incêndios.
- Limpar o lixo das praias e das florestas.
- Reutilizar e fazer a separação para reciclagem.
- Usar racionalmente a água.
Tome Nota!
Agora que já conhece a importância de proteger o habitat natural, em benefício da proteção da biodiversidade, ponha em prática hábitos mais amigos do ambiente. Conheça algumas das iniciativas e boas práticas da Missão Continente, que promovem a proteção dos ecossistemas.
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