
A 11 de julho celebra-se o Dia Mundial da População, data decretada pela Assembleia das Nações Unidas com o objetivo de sensibilizar para temas relacionados com o crescimento da população mundial, o aumento das migrações urbanas e o desenvolvimento socioeconómico dos países.
Atualmente, existem mais de 7,9 mil milhões pessoas no mundo e a Organização das Nações Unidas estima que, em 2030, a população mundial atinja os 8,5 mil milhões. Este crescimento acelerado deve-se maioritariamente ao aumento da esperança média de vida e traz alguns desafios à sustentabilidade, tais como:
- Aceleração das alterações climáticas: quanto maior for a população, maior será o impacto ambiental associado, por exemplo, à emissão de gases de efeito de estufa e à sobre-exploração de recursos naturais.
- Diminuição da segurança alimentar, ou seja, a maior dificuldade no acesso a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente.
- Proliferação de doenças, já que as áreas com maior densidade populacional são mais propícias à propagação de doenças e vírus.
- Perda de biodiversidade, associada à intensificação da atividade humana.
Urbanização e migração urbana
Ainda que, globalmente, exista um crescimento populacional exponencial, este aumento é desigual geograficamente e representa diferentes problemas, de acordo com o desenvolvimento dos países.
Para os países menos desenvolvidos, o crescimento populacional implica maiores desafios a nível do desenvolvimento sustentável e do acesso a direitos básicos, como a saúde de qualidade.
O aumento populacional nos países menos desenvolvidos, não acompanhado pela efetivação dos direitos humanos, assume-se como uma das causas da migração urbana, a par com:
- Desastres ambientais e outros impactos relacionados com as alterações climáticas.
- Conflitos, perseguições, terrorismo ou violações dos direitos humanos.
- Busca por oportunidades de trabalho, educação ou económicas.
Já nos países mais desenvolvidos tem-se observado uma tendência de envelhecimento da população, com uma redução da taxa de natalidade.
Atualmente, 55% da população mundial vive em cidades, sendo que se prevê que este número aumente até 70% em 2050. A este fenómeno de crescente concentração em zonas urbanas dá-se o nome de urbanização.
Os principais desafios associados à urbanização são:
- Envelhecimento da população rural, uma vez que são os mais jovens que partem para as cidades em busca de novas oportunidades. Isto traduz-se numa escassez de trabalhadores rurais, o que tem também implicações a nível da produção de alimentos.
- Dificuldade de resposta às necessidades sociais por parte dos governos e instituições locais. O crescimento da população urbana causa pressão no que diz respeito ao acesso à habitação, à educação, à mobilidade e à saúde, por as entidades competentes nem sempre estarem preparadas para responder a essas necessidades.
- Aumento da poluição, relacionada com a utilização do carro como meio de transporte, com a construção de edifícios, com o aquecimento elétrico, entre outros.
Neste sentido, o desenvolvimento sustentável e o combate às alterações climáticas, bem como a garantia do bem-estar individual, dependem cada vez mais de uma boa gestão do crescimento urbano. Aliás, a Agenda 2030, aprovada pelas Nações Unidas, inclui o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) “tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, reforçando a importância da existência de cidades sustentáveis para a prevenção das consequências nocivas do crescimento da população urbana.
Tome nota!
O crescimento da população urbana implica vários desafios sociais e ambientais. Neste contexto, o bom planeamento e gestão das cidades apresentam-se como fatores fulcrais para a efetivação do desenvolvimento sustentável.
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