Desertificação: causas e consequências da destruição do solo

Sabia que, se nada for feito, 66% do território português será afetado pela desertificação? Aproveite o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado a 17 de junho, para refletir um pouco sobre este problema global e de que forma pode combatê-lo.

A desertificação é uma crise quase invisível que está a destabilizar comunidades um pouco por todo o mundo. A Quercus alerta para a situação preocupante em Portugal, onde 36% do território nacional já está a sofrer com a desertificação e, caso não sejam tomadas ações urgentes, as consequências podem ser irreversíveis.

O que é a desertificação?

As Nações Unidas definem desertificação como a degradação do solo, da paisagem e do sistema bio produtivo terrestre, em áreas áridas, semiáridas e sub-húmidas, que se reflete na perda progressiva da fertilidade do solo, dada a destruição da sua estrutura e composição.

A perda da fertilidade dos solos e de recursos naturais tem como principais consequências:

  • quebras na produtividade agrícola;
  • oscilações no preço de produtos locais;
  • instabilidade social e económica;
  • aumento da diferença de riqueza entre regiões;
  • agravamento dos problemas ambientais;
  • pobreza e desemprego;
  • perda da biodiversidade.

Assim, o solo deixa de estar apto para produção agrícola e os recursos hídricos são gravemente afetados, pondo em causa não só a biodiversidade, mas também a vida humana.

Quais as causas para a desertificação?

A desertificação é o resultado de diversos fatores naturais, potencializados pelas alterações climáticas, e pela atividade humana. Segundo a Convenção para o Combate à Desertificação, na Região Mediterrânica Norte, na qual Portugal se insere, entre os principais fatores e fenómenos associados a esta crise estão:

  • Eventos meteorológicos extremos: considerados também como condições climáticas semiáridas, pressupõem períodos de seca e instabilidade na chuva, com momentos de grande intensidade, que provocam perda de matéria orgânica do solo.
  • Perdas da cobertura vegetal: existem vários motivos para a desflorestação, mas, em Portugal, as principais razões são a severidade dos incêndios florestais e a propagação de espécies exóticas de rápido crescimento.
  • Atividades agrícola e pecuária não sustentáveis: a exploração excessiva dos solos, a utilização de químicos e o excesso de gado têm como consequência a deterioração das estruturas de proteção do solo e conservação das reservas de água.
  • Sobre-exploração dos recursos hídricos: a utilização e exploração não sustentável dos recursos hídricos tem consequências ambientais como a poluição química, o esgotamento dos aquíferos e a salinização.
  • Litoralização: o crescimento urbano tem como consequência a concentração das atividades económicas no litoral, sobre explorando esta região e motivando a impermeabilização ou consumo excessivo de recursos.


Embora não aconteçam no imediato ou a curto prazo, as consequências da desertificação são catastróficas. Por isto, é tão importante começar a adaptar os seus hábitos à realidade sustentável.

Saiba como proteger os solos e combater a desertificação:


Tome Nota!
 

Embora pareça invisível, a desertificação é um problema com consequências graves a longo prazo. Conheça algumas das iniciativas Missão Continente que promovem a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade.

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