Pesca Sustentável: a resposta à exigência da população e da biodiversidade

A pesca, uma das profissões mais antigas do mundo, teve um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade portuguesa.  Ao longo do tempo, foram desenvolvidas várias técnicas para reagir ao rápido crescimento da população, que resultam numa exploração massiva dos mares e oceanos.

A pesca em Portugal

Da economia à cultura, a pesca desempenha um importante papel em Portugal. A longa linha costeira, que caracteriza o nosso país, contribuiu para o desenvolvimento desta tradição piscatória. Além de gerar emprego e gerar receitas significativas, muitas regiões e comunidades vivem com uma profunda ligação ao mar e à pesca.

No entanto, a indústria piscatória enfrenta desafios como a sobrepesca, o declínio dos stocks de peixe e a crescente concorrência. Práticas de pesca sustentáveis e esforços de conservação são essenciais para assegurar a viabilidade a longo prazo da indústria e a proteção dos ecossistemas marinhos. 

O que é a pesca sustentável?

A sobrepesca deixou o mar sem peixe. Quem o diz é a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Por isto, é essencial apostar em práticas de pesca sustentáveis que promovam a proteção da biodiversidade e a satisfação das necessidades da comunidade.

A pesca sustentável pressupõe o respeito à função e diversidade dos ecossistemas marinhos e habitats, a minimização do impacto sobre outras espécies (sobretudo a protegidas), respeitando as circunstâncias do meio marinho e a legislação local, nacional ou internacional.

Importância da pesca sustentável

A sobrepesca impactou negativamente as populações de peixes e os ecossistemas marinhos, prejudicando também a subsistência das comunidades costeiras em todo o mundo. Desta forma, a importância da prática de uma pesca sustentável não deve ser subestimada.

Assim, alguns dos critérios para que a prática de pesca se torne numa atividade sustentável incluem:

1. Regulamentação das práticas de pesca: fixação de quotas para a quantidade de peixe que pode ser capturado, a limitação do tamanho dos barcos de pesca e a proibição de certos métodos de pesca.
2. Proteção os habitats marinhos: criação de reservas marinhas e zonas de não captura, que proíbem a pesca em certas áreas para permitir a recuperação e o desenvolvimento das populações piscícolas.
3. Utilização de artes de pesca selectivas: evitar a captura de espécies não alvo ou de peixes juvenis. Isto ajuda a assegura que as populações de peixes possam recuperar e permanecer saudáveis.
4. Prática de aquacultura responsável: é importante assegurar que a aquacultura seja praticada de forma ambientalmente responsável, utilizando rações sustentáveis e evitando o uso de antibióticos e outros químicos nocivos.

O selo azul do Marine Stewardship Council (MSC) nos produtos visa certificar as boas práticas de uma pesca sustentável. Para se determinar o quão bem gerida e sustentável é a venda de peixe, existem três princípios para os certificados MSC:

• Proteção da biodiversidade;
• Impacto Ambiental;
• Gestão eficaz da pesca.

Os Padrões do MSC assentam nas diretrizes internacionais de melhores práticas para certificações e rótulos ecológicos, tais como o código de conduta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a Pesca Responsável. Este Código tem como objetivo fornecer os princípios e padrões para a conservação, gestão e desenvolvimento da pesca em todo o mundo.

Tome Nota!

Esteja atento nas suas próximas compras e queira transmitir o otimismo sobre o futuro: com este selo azul está a contribuir para construir um futuro melhor. Explore o tema a sustentabilidade ambiental e social em artigos, iniciativas e boas práticasda Missão Continente.