Etapas da Gravidez

Mitos e Verdades sobre a Gravidez

A gravidez é pontuada por imensas dúvidas o que leva ao surgimento de vários mitos. Não se deixe assustar, vamos desconstruir a desinformação.
Mitos e Verdades sobre Gravidez

Atualizado a 20/11/2024

No que toca à gravidez e aos bebés, todos têm sempre alguma opinião ou verdade absoluta pronta para gerar ainda mais confusão neste que já é um momento sensível e especial para as mulheres prestes a tornarem-se mães. Importa, pois, desconstruir alguns mitos e verdades sobre a gravidez.

Verdade ou mito?

 
Confira alguns dos principais mitos associados à gravidez.

O exame do toque pode provocar o parto?

Não

O exame do toque permite ao profissional avaliar a evolução da gravidez, a dilatação do colo do útero e a apresentação do bebé.

Azia na gravidez é sinal de bebé cabeludo?

Não

A azia está associada a alterações hormonais e diminuição do espaço que os órgãos têm no abdómen devido ao crescimento do feto.

A grávida deve comer por dois?

Não

Deve manter uma alimentação saudável e equilibrada para prevenir o excesso de peso que predispõe ao aparecimento de doenças.

O formato da barriga indica o sexo do bebé?

Não

Não há qualquer evidência científica que relacione o formato da barriga com o sexo do bebé.

Andar a pé ajuda a induzir o parto?

Caminhar não desencadeia propriamente o trabalho de parto, mas promove o afinamento e amadurecimento do colo do útero.

A grávida pode beber café?

Sim

Desde que não exceda a quantidade recomendada que atualmente é 200mg por dia.

A grávida pode comer sushi?


Um dos temas chave da gravidez diz respeito à alimentação. Neste campo o sushi salta frequentemente para o topo da lista dos alimentos proibidos. Mas será mito ou verdade?

Sim é verdade, mas não é um sim absoluto. O grande risco do sushi reside no peixe cru que pode conter parasitas e bactérias que aumentam a probabilidade de doenças, o que pode acontecer com qualquer pessoa, mas na grávida o impacto é mais significativo e nefasto.

Por outro lado, a maioria dos peixes utilizados no sushi tem alto nível de mercúrio, que aumenta a probabilidade de alterações no feto, destacando-se por exemplo o atum.

Assim, este alimento deve ser evitado na gravidez, mas quando ingerido a grávida deve ter alguns cuidados como: preferir peças vegetarianas ou cozinhadas, o peixe deve ser previamente congelado para eliminar parasitas e bactérias e deve escolher um local de confiança com altos padrões de higiene.

Comer camarão e marisco na gravidez faz mal?


Da mesma forma, as grávidas também não estão proibidas de comer marisco durante a gravidez. Contudo, tal como o peixe, o camarão e o marisco, quando mal cozinhados, podem originar intoxicações gastrointestinais e, por outro lado, podem conter altos níveis de mercúrio. Assim, sempre que comer camarão ou qualquer tipo de marisco assegure-se de que estão bem cozinhados e deve fazê-lo com moderação.

Pintar o cabelo na gravidez faz mal ao bebé?


Pintar o cabelo durante a gravidez é geralmente seguro. A maioria dos produtos químicos presentes nas colorações permanentes e semipermanentes são pouco absorvidos pelo couro cabeludo e não representam riscos significativos para o bebé. Ainda assim, opte por fórmulas sem amoníaco, colorações vegetais ou madeixas.

Alguns especialistas recomendam aguardar até ao segundo trimestre para pintar o cabelo, quando o risco para o desenvolvimento do bebé é menor.

Barriga de menino e menina existe?


Este é talvez um dos mitos mais comuns na gravidez. Algumas pessoas acreditam que o formato ou a altura da barriga pode indicar o sexo do bebé. Contudo, não há evidência científica de que o formato da barriga esteja relacionado com o sexo do bebé. O formato da barriga é influenciado por fatores como a posição do bebé, o tónus muscular da mãe e o seu tipo de corpo, e não pelo facto de ser menino ou menina.

Grávida pode andar de avião?


As grávidas podem viajar até às 36 semanas de gestação em voos domésticos e até às 35 semanas em voos internacionais, desde que apresentem um atestado médico que confirme que a ausência de complicações.

Além disso, a partir da 28ª semana, é recomendável que tenha consigo uma declaração médica que comprove o tempo de gestação e a autorização médica para realizar a viagem.

No caso de gravidez de gémeos ou múltiplos, de modo geral, as companhias aéreas permitem voar até às 32 semanas. Já em casos de gravidez de alto risco, com complicações, ou quando há dúvidas sobre o tempo de gestação, é necessária autorização do médico da companhia aérea para seguir viagem.

Acima de tudo, é fundamental conversar com o seu obstetra antes de viajar. O médico pode sugerir medidas preventivas, como o uso de meias de compressão, vacinas ou medicamentos que podem ou não ser tomados durante a gravidez. Prevenir-se é fundamental para uma viagem segura e tranquila.

Parto induzido é mais doloroso?


Induzir o parto envolve intervenções farmacológicas ou instrumentais, geralmente em situações onde a continuação da gravidez representa riscos para a mãe ou para o bebé. A indução pode ser realizada através de medicamentos, como a ocitocina, que aumenta a frequência e a intensidade das contrações, ou métodos instrumentais, como o uso de fórceps.

Embora o parto induzido possa facilitar o nascimento, também pode estar associado a um aumento na dor e necessidade de anestesia, como a epidural. É importante que discuta os benefícios do parto induzido com o seu obstetra para tomar decisões informadas sobre o processo.

Relações sexuais na gravidez fazem mal ao bebé?


O desejo sexual pode variar ao longo da gravidez. A maioria dos profissionais de saúde concorda que, se a gravidez estiver a decorrer normalmente, pode ter relações sexuais até ao fim da gestação.

No entanto, certas condições podem exigir precauções, como histórico de abortos espontâneos, hemorragias ou problemas relacionados com a placenta. Uma vez mais, é essencial consultar o seu médico para a sua situação.

Além disso, é fundamental que este tema não seja tabu. Converse abertamente sobre as suas necessidades e preocupações, de forma a manter a intimidade e a conexão emocional durante esta etapa tão importante para os dois.

Grávidas podem usar cremes no rosto?


Sim, as grávidas podem usar cremes de rosto. Durante a gravidez, as alterações hormonais podem provocar diversas mudanças na pele da mulher, desde pele seca a episódios de acne e hiperpigmentação, muitas vezes associados à exposição solar.

Durante a gravidez, prefira cremes hidratantes e utilize proteção solar (mineral) sempre que sair de casa. Na maioria dos casos, é provável que possa continuar a usar o seu creme diário habitual. Verifique apenas se a composição não inclui princípios ativos potencialmente prejudiciais como estes.

Retinol


Derivado da vitamina A, o retinol é comum em cremes antirrugas e anti acne, mas deve ser evitado durante a gravidez. Embora a absorção através da pele seja mínima, o uso excessivo pode estar associado a malformações no feto. Alguns especialistas recomendam substituir o retinol por alternativas mais seguras, como o ácido glicólico.

Hidroquinona


Durante a gravidez, algumas mulheres podem desenvolver melasma, pequenas manchas acastanhadas na pele. Os tratamentos tópicos para esta condição contêm habitualmente hidroquinona que é contraindicada para gestantes. Em alternativa, opte por protetores solares minerais que ajudam a prevenir e tratar a hiperpigmentação.

Disruptores endócrinos


Os parabenos são conservantes comuns em produtos cosméticos, mas levantam algumas preocupações por serem potenciais disruptores hormonais e facilmente absorvidos pela pele. Outros disruptores, como os ftalatos, presentes em vernizes, perfumes, sabonetes e champôs, estão também associados a riscos para a saúde reprodutiva e ao aumento do risco de certas patologias no bebé.

Botox


O botox é utilizado para tratar rugas e linhas de expressão, mas não é recomendado durante a gravidez. Embora não haja estudos conclusivos sobre os seus efeitos em gestantes, a preocupação com a segurança da mãe e do bebé leva a que muitos especialistas o desaconselhem nesta fase.

Peróxido de benzoílo e ácido salicílico


Na gestação, as flutuações hormonais podem causar acne. Regra geral, os tratamentos usados para tratar esta condição têm na sua composição princípios ativos como peróxido de benzoílo e ácido salicílico. Doses orais elevadas destes ingredientes podem ter efeitos adversos, mas as formulações tópicas não apresentam geralmente riscos significativos. Aplique apenas em quantidades adequadas e em áreas limitadas da pele, para minimizar a absorção.

Amoníaco


É aconselhável evitar tratamentos capilares que contenham amoníaco, um princípio ativo encontrado em várias tintas para o cabelo. Para o pintar, prefira alternativas sem amoníaco, pois são mais seguras.

Em caso de dúvida, consulte um dermatologista para escolher os melhores produtos para as necessidades da sua pele nesta fase.

Beber coca-cola na gravidez: é possível?


Certamente já ouviu dizer que o consumo de refrigerantes pode causar malformações no feto, ou que o açúcar presente na bebida pode levar a diabetes gestacional ou até a um aumento excessivo de peso.

No entanto, a verdade é que o consumo moderado de refrigerantes, incluindo a Coca-Cola, não está diretamente associado a riscos significativos. Deve, no entanto, considerar o teor de cafeína e açúcar, que podem afetar a sua saúde e a do bebé.

O limite de ingestão de cafeína é de até 200 mg por dia. Portanto, se esta é uma das suas bebidas de eleição, pode continuar a bebê-la durante a gravidez, desde que com muita moderação. Não se esqueça da importância de priorizar uma alimentação equilibrada e saudável, fundamental para o bem-estar de ambos.

Mitos sobre amamentação


Amamentar é um momento de grande intimidade e ligação entre a mãe e o bebé, mas pode também ser uma questão muito sensível. Muitas mães questionam-se, inclusive, se serão capazes de o fazer.

Um dos grandes mitos sobre a amamentação prende-se com a qualidade do leite — será que o leite materno é fraco? Todas as mães produzem leite com os nutrientes necessários para alimentar o seu bebé. Pode, porém, existir uma reduzida produção de leite e, nesse caso, deve aconselhar-se com um profissional de saúde, que ajudará a ultrapassar este desafio.

Outro dos grandes mitos ligados à amamentação é de que se deve oferecer os dois seios ao bebé. Porém, nem sempre é assim. Idealmente após a subida do leite, deve oferecer-se uma mama.

Só após a esvaziar, e se sentir que o bebé ainda tem fome, deve oferecer a outra. Caso o bebé esvazie uma mama e apenas um pouco da segunda, na mamada seguinte deve-se iniciar por esta última para que se esvazie completamente. Isto porque ao longo da mamada e durante a ejeção de leite, este vai variando nutricionalmente.

Outro mito comum é dizer-se que o bebé tem de ser alimentado a cada 3 horas. Quando o bebé é alimentado exclusivamente por leite materno não existem horários fixos ou rigorosos, deve ser oferecida mama sempre que o bebé apresentar sinais de fome.

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