Etapas da Gravidez

3.º trimestre de gravidez: saiba como passar da melhor forma este momento

Conheça os sinais de alarme na gravidez e quais os exames a fazer no terceiro trimestre da gravidez.

3º trimestre de gravidez

Atualizado a 17/01/2025

Descubra os principais marcos do desenvolvimento do bebé no 3º trimestre de gravidez, os sintomas mais frequentes, os sinais de alerta a que deve prestar atenção e como aliviar possíveis desconfortos.

Desenvolvimento do bebé no 3º trimestre de gravidez


No 3º trimestre, o bebé cresce rapidamente dia após dia, desenvolvendo-se a uma velocidade estonteante. É neste período que os órgãos e tecidos se formam na totalidade.

Nesta fase também, o desenvolvimento dos órgãos e sistemas do corpo intensifica-se, assim como o crescimento do cérebro, o que permite ao bebé comandar os movimentos do corpo e aprender a controlar a sua respiração.

Além disso, dá-se o desenvolvimento do paladar e acentua-se a reação à dor, ao toque, à luz e ao ruído. Com estas capacidades, o bebé pode mexer-se mais do que o habitual, e a reagir a estímulos, como barulho, música, a voz da mãe e ao toque de pessoas. É ainda neste período que o bebé acumula mais gordura e ganha mais peso, preparando-se assim para o seu nascimento.

Quais os principais sintomas do 3º trimestre de gravidez?


Durante a gravidez é frequente o aparecimento de alguns sintomas que ocorrem devido às alterações no organismo, próprias deste período. Alguns destes sintomas são transitórios, mas podem prolongar-se durante toda a gravidez.

No 3º trimestre de gravidez é notório o crescimento da barriga. É por isso bastante comum que comece a sentir mais comichão na barriga, um indício da perda de colagénio da pele, que pode levar ao aparecimento de algumas estrias. Deve hidratar-se bem sobretudo nesta fase.

Também devido às alterações hormonais e ao tamanho da barriga, pode sentir maior dificuldade a adormecer ou até mesmo ter insónias. Além disso, a pressão do útero sobre o intestino pode dificultar a digestão e provocar prisão de ventre, gases e azia.

As alterações hormonais dilatam os vasos sanguíneos, potenciando o aparecimento de hemorroidas. As cãibras, o inchaço e o aparecimento de varizes são também muito frequentes.

Apesar destes sintomas serem comuns e, geralmente, sem gravidade, é importante conhecê-los e saber que medidas pode adotar para os minimizar.

Como aliviar o desconforto durante o 3.º trimestre


Quanto mais perto das 40 semanas de gestação, maior poderá ser a sensação de desconforto. Saiba como aliviar os sintomas mais comuns do final da gravidez.

  • Cãibras: surgem, sobretudo, no período da noite. A solução pode passar por alongar as pernas antes de se deitar ou verificar com o seu médico a possibilidade de recorrer à suplementação de magnésio.
  • Inchaço: sintoma mais comum no final da gravidez e é notado, especialmente, nas pernas, mãos e pés. Mantenha as pernas elevadas quando estiver deitada ou sentada e esteja atenta à pressão arterial. As massagens de drenagem linfática podem ser uma ajuda preciosa nesta altura da gestação. Mas antes de marcar, pergunte ao seu médico se será indicado para o seu caso.
  • Varizes: surgem pelo aumento do volume do sangue em circulação e devido ao aumento de peso. Evite estar muito tempo com as pernas cruzadas, e estar sentada ou em pé. Use meias de média compressão para ajudar a melhorar a circulação.
  • Azia: acontece quando a pressão da barriga sobre o estômago faz com que o ácido gástrico suba para o esófago. Para evitar que isso aconteça, coma pouco de cada vez e muitas vezes ao dia e evite dormir logo após as refeições.
  • Dor nas costas: é causada pelo aumento do peso da barriga. Usar calçado com uma boa base de apoio ajuda a aliviar o sintoma, assim como evitar levantar objetos pesados.
  • Insónia: a sonolência inicial pode dar lugar à insónia, principalmente devido à dificuldade em encontrar uma posição confortável para dormir. Por isso, para contornar o problema, procure relaxar, tome uma bebida quente ao deitar e use várias almofadas para apoiar as costas e a barriga, e lembre-se de dormir sempre de lado.

A gravidez é uma das alturas da vida em que é natural recorrer mais vezes aos serviços de saúde. A maioria das alterações são normais e não exigem qualquer mudança. Ainda assim, há alguns cuidados gerais nesta fase da gravidez, nomeadamente, no que respeita à realização de exames médicos.

Com quantas semanas se faz o ecografia do terceiro trimestre?


Deve realizar exames e análises para verificar o desenvolvimento do bebé ao longo de toda a gestação e o 3º trimestre não é exceção. No entanto, estando o momento do parto mais próximo, há a necessidade de realizar procedimentos mais específicos para minimizar a ocorrência de complicações durante o parto.

À semelhança do 1º e 2º trimestre, no 3º trimestre de gravidez deve medir regularmente a pressão arterial. Se tiver pressão arterial elevada, pode surgir pré-eclâmpsia, uma condição que pode originar um parto prematuro ou outras complicações. Além disso, é importante realizar um hemograma completo para verificar o estado de saúde da mãe e do bebé.

Entre as 28 e as 32 semanas de gestação, é altura de fazer o exame mais esperado: a ecografia do 3º trimestre. Esta ecografia avalia o crescimento e desenvolvimento do feto e dos órgãos. Serve também para detetar possíveis malformações de aparecimento tardio ou doenças genéticas. Geralmente, o médico que a realiza faz uma estimativa do comprimento e peso que o bebé terá na data provável do parto.

Ainda no 3º trimestre de gravidez, entre as 35 e as 37 semanas de gestação, é realizada uma análise à bactéria Streptococcus B (ou teste do Cotonete). Trata-se de um exame obrigatório que deteta se a bactéria está ativa na mulher. Caso o resultado seja positivo, é necessário reunir com o médico obstetra para definir o plano de tratamento, de forma a evitar que essa bactéria contamine o bebé na sua passagem pelo canal de parto. A contaminação pode causar infeções graves.

A partir das 37/38 semanas de gestação, ou até antes se existir recomendação médica, é feito semanalmente uma cardiotocografia ou CTG. Trata-se de um registo das contrações uterinas, dos movimentos e do batimento cardíaco do bebé durante um período de, aproximadamente, 20 minutos. O objetivo é avaliar o bem-estar fetal.

Sinais de alerta na gravidez


Deve dirigir-se imediatamente ao centro de saúde ou à urgência da maternidade se tiver:

  • Contrações regulares e dolorosas.
  • Edemas generalizados em todo o corpo, nomeadamente face, mãos e pernas.
  • Cefaleias intensas, que não passam com paracetamol, e que são acompanhadas por alterações da visão, inchaços marcados das pernas e/ou de outras partes do corpo. Podem ser sintomas de pré-eclâmpsia.
  • Alterações da visão, como visão turva ou com manchas escuras ou pontos luminosos.
  • Arrepios ou febre alta podem indicar uma infeção. É importante perceber não só a sua origem, mas também se há risco para o feto.
  • Hemorragia. Há inúmeras causas para a perda de sangue pela vagina. Apesar de nem sempre ser indicativo de que algo está errado, é essencial uma avaliação médica para descartar cenários que podem requerer intervenção, como gravidez ectópica, ameaça de aborto, descolamento da placenta, placenta prévia.
  • Perda de líquido pela vagina poderá corresponder a perda de líquido amniótico (líquido claro, transparente).
  • Subida da tensão arterial. Se a tensão arterial aumentar para valores superiores ou iguais a 140mmHg de máxima e/ou 90mmHg de mínima.
  • Dores intensas na região abdominal ou pélvica.
  • Dores fortes e persistentes no estômago.
  • Vómitos intensos e/ou persistentes podem ser indicativos de gastroenterite ou de uma condição rara na gravidez, a hiperémese gravídica. A verificar-se este quadro, a alimentação e hidratação da gravidez pode ficar comprometida e, dessa forma, aumenta o risco quer para a grávida, quer para o feto.
  • Diminuição dos movimentos fetais. Se verificar que o bebé não mexe, pelo menos, 10 vezes em 12 horas, ou se mexe muito menos que o habitual.
  • Contrações precoces. Antes das 37 semanas, se sentir contrações, regulares, com intervalos de 10 minutos por um período superior a uma hora e que não diminuam após um período de repouso.

Estar atenta aos sinais de alarme e estabelecer um canal de comunicação efetivo com o médico assistente é fundamental para evitar complicações na gravidez e no parto.

Cuidados a ter no 3º trimestre de gravidez


Para além de seguir as recomendações do obstetra, e fazer as consultas pré-natais, é essencial manter alguns cuidados na gravidez, tais como:

Manter uma alimentação equilibrada


Mantenha uma alimentação saudável e variada, sem demasiada proteína e gordura para facilitar a digestão e controlar o desconforto intestinal propício desta fase. Dê preferência a frutas e verduras.

Continuar a prática de exercício físico


O exercício físico deve ser uma atividade regular durante toda a gravidez, salvo recomendação médica em contrário. No entanto, nesta fase final é essencial a orientação de um profissional.

Dê preferência a práticas que não requerem demasiado esforço, como caminhadas, hidroginástica, natação, pilates ou yoga adaptado para a gravidez. A atividade física deve promover o controlo do peso e o fortalecimento da musculatura, nomeadamente, do pavimento pélvico e das pernas.

Ter atenção à hidratação


A par da alimentação equilibrada, a hidratação é crucial para a saúde geral e intestinal a hidratação. Beba, pelo menos, 1,5 litros de água por dia.

Continente, onde encontra tudo para viver o 3º trimestre de gravidez com mais conforto


Agora que já conhece todos os sintomas do 3º trimestre de gravidez, dos sinais de alerta e já sabe como aliviar o desconforto e quais os cuidados a ter nesta fase tão especial da sua vida, privilegie a sua alimentação, a hidratação e o exercício físico.

No Continente, encontra tudo o que precisa para viver esta fase da vida com mais conforto, da alimentação à atividade física, sem esquecer os preparativos para a chegada do bebé e a mala de maternidade.


Este artigo foi validado por um especialista na área.