Com base em dados da Anxiety and Depression Association of America, cerca de 2% da população mundial sofre de Perturbação Dismórfica Corporal - informalmente conhecido como dismorfia corporal. Esta condição afeta quase igualmente homens e mulheres. Normalmente, os sintomas da dismorfia corporal surgem durante a adolescência, uma fase marcada por transformações corporais significativas.
O que é a Dismorfia Corporal
A dismorfia corporal é uma condição de saúde mental caracterizada por uma preocupação persistente e angustiante com falhas ou defeitos percecionados na aparência física de uma pessoa, que são frequentemente imaginados ou exagerados.
A pessoa passa a analisar obsessivamente a sua aparência, concentrando-se nas características que acredita serem defeituosas. Isto pode variar desde preocupações com as características faciais até ao tamanho e forma do corpo.
Crianças de adolescentes são os mais afetados
Esta doença do foro mental, pode afetar pessoas de todas as idades, mas é especialmente prevalente em crianças e adolescentes. A adolescência é um período crítico de autodescoberta e de formação da identidade, o que torna os jovens particularmente vulneráveis à influência dos padrões de beleza da sociedade, perpetuados pelos meios de comunicação social, pela pressão dos pares e pelas redes sociais.
Apesar dos equívocos comuns, a dismorfia corporal é uma doença que afeta tanto homens como mulheres. No caso dos homens, é frequentemente observado uma subforma conhecida como dismorfia muscular, que se caracteriza por uma preocupação de que um corpo não é suficientemente musculado ou magro, independentemente do nível real de musculatura que o indivíduo possui.
Reconhecer os sinais de dismorfia corporal
É essencial que os pais, professores e prestadores de cuidados, reconheçam os sinais nas crianças e adolescentes. Alguns indicadores comuns incluem:
- Cuidado excessivo e controlo ao espelho: a criança pode passar uma quantidade excessiva de tempo em frente ao espelho, tentando esconder ou corrigir defeitos.
- Comportamentos de isolamento: a criança pode evitar situações sociais, a escola ou outras atividades devido à ansiedade em relação à sua aparência.
- Comparação frequente: comparam-se constantemente com os outros, especialmente com celebridades ou colegas.
- Procura de garantias: pode procurar repetidamente garantias sobre a sua aparência junto de outras pessoas.
- Depressão e ansiedade: a dismorfia corporal coexiste frequentemente com depressão e ansiedade, levando a um declínio do bem-estar geral.
Como podemos ajudar?
No meio da atual cultura orientada para a aparência, é crucial abordar a este tema nos jovens. Deste modo, é essencial estarmos conscientes de qual é que pode ser o nosso papel.
- Comunicação aberta: encorajar conversas abertas e sem juízos de valor. Deixe-os expressar os seus sentimentos e preocupações sobre a sua aparência sem receio de críticas.
- Ajuda profissional: consulte um profissional de saúde mental especializado, caso ache necessário. A intervenção precoce é crucial.
- Limitar a exposição às redes sociais: monitorizar a sua exposição a ideais de beleza irrealistas nos meios de comunicação social e encorajar uma perspetiva crítica sobre esses conteúdos.
- Promover a autoestima: concentrar-se no reforço da autoestima através de elogios e do reforço positivo das suas capacidades e qualidades, para além da aparência física.
- Dar um exemplo positivo: ser um modelo de atitudes saudáveis em relação à imagem corporal e de autoaceitação, salientando que todos são únicos e valiosos, independentemente da aparência.
A dismorfia corporal é uma preocupação significativa para as crianças e adolescentes no mundo atual, centrado na imagem. Ao compreender a doença, reconhecer os sinais e fornecer apoio através de uma comunicação aberta, ajuda profissional e reforço positivo, podemos ajudar os jovens a desenvolver uma relação mais saudável com o seu corpo e, em última análise, melhorar o seu bem-estar mental.
É crucial lembrar que nem todos temos as mesmas perceções dos nossos corpos e que é necessário abraçar as diferenças que nos tornam únicos.
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