As últimas campanhas do Banco Solidário Animal (BSA), realizadas em outubro e início de novembro nas lojas Continente de todo o país, permitiram angariar 209 toneladas de produtos para cães e gatos.

Os bens doados foram distribuídos por centenas de associações e grupos informais de apoio animal e por famílias carenciadas e pessoas em situação de sem-abrigo com animais a cargo inscritos nos Programas de Apoio da Animalife, a entidade promotora e organizadora do BSA.

“Agradecemos, em primeiro lugar, aos nossos parceiros que, perante a situação de emergência social e alimentar que enfrentamos, acreditaram na nossa capacidade para organizar em segurança uma recolha em loja”, refere Rodrigo Livreiro, presidente da Animalife.

“Agradecemos também às equipas de voluntários que, apesar das condições muito difíceis em que decorreram as campanhas, nos permitiram concretizar estas iniciativas, garantindo a segurança de todos”, acrescenta.

A realização destas campanhas de BSA ocorreu numa altura em que diversas associações e pessoas em situação de carência económica se debatem com enormes dificuldades para alimentar os animais que têm a cargo, na sequência da pandemia de COVID-19.

“Dado o agravamento da situação epidemiológica, receamos que este tipo de apoio fique suspenso por tempo indeterminado, o que nos preocupa, uma vez que os mais de 60 mil animais ajudados pelo BSA necessitam diariamente de alimentação e nem sempre as associações têm outros meios à sua disposição para conseguirem angariar quantidade tão significativas de ração”, afirma Rodrigo Livreiro.

O BSA acontece habitualmente três vezes por ano (fevereiro/março, maio e setembro/outubro), em hipermercados e supermercados de todo o país. A pandemia de COVID-19 obrigou ao cancelamento de algumas campanhas, o que se refletiu no dia-a-dia de centenas de associações abrangidas pela iniciativa.

O regresso às lojas aconteceu por ocasião do Dia Mundial do Animal, que receberam a 23.ª iniciativa do BSA no final de outubro e início de novembro.