De acordo com os últimos Censos, (apenas) 3,1% dos portugueses com mais de 10 anos não sabem ler ou escrever. E embora saibamos que ainda há muito por fazer, é indiscutível que percorremos um longo caminho e os resultados já obtidos demonstram o impacto positivo que a educação tem na sociedade.
Promover a educação e evitar o abandono escolar
De acordo com o estudo Education at a Glance 2021, desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), até 2015, Portugal fazia parte dos cinco países da União Europeia (UE) com mais adultos que não tinham concluído o ensino secundário. Qualquer coisa como 40% de adultos, quando a média dos restantes países rondava os 21%.
São inúmeros os fatores para o abandono escolar, mas vamos começar pelo principal: as desigualdades sociais. E quando falamos de desigualdades sociais, há um elemento que se destaca porque, na verdade, é o elo de ligação com os restantes: o dinheiro. Mas também está provado que, para além da situação financeira do agregado familiar, o nível de escolaridade dos tutores, a situação laboral, a nacionalidade e até mesmo a zona de residência são fatores que têm uma relação direta com a educação e com a continuidade dos estudos.
Então, ainda que em Portugal o ensino obrigatório seja até ao 12.º ano (ou até que o aluno atinja os 18 anos), se não formos capazes de implementar medidas que contribuam para estabelecer o equilíbrio social através da educação, o abandono escolar é inevitável.
Todos os problemas têm soluções
De ano para ano, vimos serem adotadas diferentes medidas, implementados planos nacionais de educação com iniciativas inovadoras e desenvolvidos programas com o objetivo de reduzir as desigualdades e aumentar o impacto da educação na estrutura social.
Uma das principais iniciativas foi o apoio adicional a escolas em áreas desfavorecidas. Esse apoio refletiu-se tanto ao nível das infraestruturas e do material de trabalho, como na formação de docentes preparados para trabalhar com a diversidade existente e no desenvolvimento de atividades pedagógicas. E não faltam exemplos dos resultados que têm sido alcançados em Portugal.
Uma vez mais, recorremos a um estudo da OCDE, o Education at a Glance 2023. Nos últimos anos, o nosso país aparece como um dos que teve o maior aumento de pessoas entre os 24 e os 35 anos que continuaram a estudar após o fim do ensino obrigatório. Ao mesmo tempo, Portugal reduziu a percentagem de jovens adultos sem o ensino secundário superior em 17 pontos percentuais. E inscritos no ensino superior? Temos atualmente mais de 433 mil alunos inscritos e registamos uma taxa de população com o ensino superior completo de 44,5%, acima da meta europeia que se situa nos 40%.
Naturalmente, mudar a forma como a educação é encarada tem os seus desafios, mas também garante resultados a longo prazo. Garantir que uma maior percentagem da sociedade continua a estudar e criar condições para isso acontecer, tem a capacidade de mudar a estrutura da sociedade porque conduz a empregos mais qualificados, reduz a precariedade e, claro, proporciona salários mais elevados.
Escola Missão Continente
Com a primeira edição em 2016, a Escola Missão Continente (EMC) tem como principal objetivo incentivar crianças do pré-escolar ao 2.º Ciclo do Ensino Básico a serem saudáveis, felizes e conscientes.
Desde a sua criação, a EMC chegou a mais de 280 000 crianças através de programas e atividades que são disponibilizados ao longo dos anos letivos. Dos passatempos às visitas de estudo ao Continente, sem esquecer as visitas dos embaixadores e sessões virtuais pedagógicas, são inúmeras as ações que a Escola Missão Continente proporciona e que já estão a decorrer no ano letivo 2023/24.
Tome Nota!
Saiba mais sobre a Escola Missão Continente AQUI e conheça algumas das iniciativas com valor social e impacto positivo. Se gostou deste texto, também vai gostar de ler: