O que é a Homofobia? Saiba como combatê-la

É um termo que tem ganho grande destaque na nossa sociedade ao longo dos anos. Afinal, o que é a homofobia? E de que maneira podemos combater este problema social? Encontre a resposta e aprenda a lidar com este tema, neste artigo.

A fobia não é simplesmente um sinónimo de medo. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM), a fobia é uma resposta intensa ao medo relativa a um objeto ou categoria de objetos e está associada a sintomas fisiológicos desagradáveis que interferem com a vida do indivíduo.

Por sua vez, as pessoas têm diferentes mecanismos para enfrentar o medo. Se, por um lado, há quem fuja ou evite o que lhe provoca fobia, por outro, há quem reaja com raiva e discriminação, provocando o confronto.

O que é a homofobia?

A homofobia significa o conjunto de atitudes e sentimentos desfavoráveis, discriminatórios ou preconceituosos em relação a pessoas não heterossexuais. Mais precisamente, como refere a American Psychological Association (APA), receio ou medo de homossexuais, associado a preconceitos e raiva contra estes mesmos, que leva à discriminação em áreas como o emprego, a habitação e os direitos legais e, por vezes, conduz à violência.

As causas para a homofobia espalham-se entre múltiplos fatores que podem levar a este extremo, entre os quais estão o preconceito, a ignorância, o medo, o ódio, a desconfiança ou o desconforto. Apesar disto, o impacto da homofobia na saúde mental é subestimado e não é detetado no contexto clínico.

As atitudes homofóbicas baseiam-se – na sua maioria – na ideia de que a heterossexualidade é a norma e o padrão legitimo nas relações sociais e sexuais entre humanos, observando a homossexualidade como “variante anormal”.

Este senso comum impacta a comunidade como um todo, mas também as pessoas a nível pessoal. No caso da homofobia internalizada, por exemplo, um indivíduo não heterossexual começa a ter comportamentos homofóbicos, no contexto social. Isto resulta numa maior dificuldade de identificação pessoal, e, portanto, numa luta interior que é refletida facilmente nas atitudes interpessoais no dia a dia.

homofobia missão continente

Como combater a homofobia?

Todos podemos tomar medidas para diminuir os efeitos da homofobia, estigma e discriminação e proteger a saúde física e mental. Uma forma de lidar com o stress do estigma e da discriminação é ter apoio social. Para isto, é necessário atuar no comportamento a sociedade e no comportamento para com vítimas.

Dicas para combater a homofobia na comunidade

Enquanto comunidade, é essencial ter um papel inclusivo e ativo. Combater a homofobia é uma missão de todos, exequível através da intervenção em situações discriminatórias ou mesmo através da literacia:

Sensibilize para o tema

Fale positivamente sobre a diversidade sexual. Assegure-se de que a sua família e a comunidade próxima compreendem o que é a homofobia e como é importante extinguir este fenómeno. A sexualidade não é visível e é importante refletir sobre observações que possam ser ofensivas, tendo ou não consciência disso.

Desafie a linguagem e evite associações negativas

Repensar na linguagem que utilizamos no dia a dia é essencial para criar um ambiente onde todos possam sentir-se seguros, felizes e parte da comunidade. A inclusão é essencial, pelo que a utilização de palavras ou expressões que definam a sexualidade de alguém como uma ofensa deve ser corrigida.

Evite suposições

Desafie a suposição de que todos os humanos são heterossexuais. Evite presumir que conhece a sexualidade de alguém com base no seu aspeto ou comportamento.

Ofereça o seu apoio

Assegure que todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, saibam que receberão apoio necessário para qualquer confronto com a homofobia.

Dicas para apoiar as vítimas de homofobia

Quando se depara com uma pessoa impactada pela homofobia, é possível que não saiba muito bem como agir. O apoio às vítimas é fundamental, através de certas ações é possível motivar a aceitação e diminuir a sensação discriminatória:

Apele à paciência com os familiares em negação

Explique que, muitas vezes, é necessário dar algum tempo e motivação para que as pessoas se adaptem. Com o tempo, a família e amigos vão aceitar e abraçar a sua orientação sexual, até porque vão compreender que nada mudou.

Reconheça a raiva, o medo e confusão sentida

Os comentários dolorosos e maldosos podem ser – infelizmente – uma realidade. Esteja disponível para ouvir a vítima, ofereça ajuda e reconheça as emoções vividas.

Motive a integração no ciclo social pela experiência

Isolamento, medo de rejeição, dor, confusão, medo do futuro são muitos dos sentimentos vividos na altura do confronto com a sexualidade. Ajude na integração social através da relativização e perceção da realidade comum, este é o primeiro passo para existir uma maior compreensão.

Foque-se naquilo em que se acredita

Nunca é fácil lidar com comportamentos preconceituosos, mas procure concentrar-se nos princípios, como um mecanismo reativo saudável. Reconheça os seus comportamentos em público. Se a homossexualidade é um problema para outros, que seja um problema deles. A orientação sexual é pessoal e ninguém deve sentir-se triste ou envergonhado por isso. Reforce esta mensagem!

Tome Nota!

Experimente o otimismo sobre o futuro: com o seu cuidado e atenção à comunidade podemos construir um futuro melhor. Explore o tema a sustentabilidade ambiental e social em artigos, iniciativas e boas práticas da Missão Continente.