Dia da Mulher: qual é a importância da celebração desta data?

A celebração do Dia Internacional da Mulher prende-se com muito mais do que um dia para dar flores às figuras femininas das nossas vidas. Este é um dia de muita história e luta pelos direitos das mulheres, que pretende incentivar a igualdade entre os géneros.

Assim, ainda que esta data seja assinalada dia 8 de março, o objetivo da sua comemoração é tornar a sociedade mais equitativa durante todo o ano. Por esta razão, importa conhecer a história do Dia da Mulher e a importância desta celebração na atualidade.

A história do Dia Internacional da Mulher

Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, com o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres provenientes de diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos.

A data foi escolhida graças a uma onda de protestos femininos contra a fome durante a revolução russa. Considerando que o país ainda não tinha adotado o calendário gregoriano antes da revolução, o dia 23 de fevereiro de 1917, dia dos protestos, correspondia ao dia 8 de março no resto da Europa.

Apesar deste ter sido o protesto que datou a celebração, esteve longe de ser o único grito de revolta dado pelas mulheres ao longo da história. Já em 1857, as trabalhadoras de uma fábrica em Nova Iorque saíram à rua a exigir melhores condições de trabalho.

Este cenário continua a repetir-se em todo o mundo até aos dias de hoje, com a Primeira-Ministra da Islândia a unir-se às mais de 100 mil  mulheres que se juntaram na capital do país para protestar pela igualdade de género.

Porque é que ainda comemoramos esta data?

Apesar das conquistas feitas nos últimos anos, ainda existe um longo caminho a percorrer no que diz respeito à igualdade entre homens e mulheres. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os principais fatores de desigualdade são:

• A desvalorização no mundo do trabalho, em particular nos salários, na medida em que as mulheres continuam a receber menos 23% do que os homens.
• Os números relativos à violência de género, nomeadamente a Violência Doméstica e a Violência Sexual, sendo que 1 em 3 mulheres já sofreu algum tipo de agressão.
• O casamento infantil, que atinge valores anuais assustadores, correspondendo a 12 milhões de raparigas, com menos de 18 anos, forçadas a casar.
• As desigualdades nos casos de pobreza, uma vez que as mulheres são mais suscetíveis a ter dificuldades no acesso à comida, saúde e educação.
• A visão da sociedade relativamente à maternidade e à família, que confere à mulher uma responsabilidade muito maior do que a do homem.

Como contribuir para a eliminação da violência contra mulheres?

Fazer a diferença no que respeita à eliminação da violência de género é uma responsabilidade de todos e pode ser mais fácil do que aparenta. Assim, algumas ações que pode e deve implementar são:

• Ouvir e acreditar nas vítimas de violência, criando um espaço seguro, que responsabilize apenas o agressor.
• Ensinar as gerações mais novas sobre tópicos como a importância do consentimento, evitando a violência no namoro.
• Apoiar as instituições de apoio às vítimas, através de ações de voluntariado ou ajudas monetárias.
• Aprender a identificar os sinais de abuso nas relações, intervindo sempre que necessário.
• Procurar mais informação sobre os números de violência de género, de forma a tomar decisões políticas e sociais informadas.

Tome nota!

O Dia da Mulher é assinalado em vários países no dia 8 de março, tendo o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres e aumentar a consciência sobre as desigualdades de género ainda existentes. Se gostou deste artigo, veja também Trabalho doméstico: a realidade invisível das mulheres, Futebol feminino: a importância do desporto na sociedade e Saúde feminina: especificidades e desigualdades no acesso a cuidados médicos.